Misticismo
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Misticismo (do grego μυστικός, transl. mystikos, um iniciado em uma religião de mistérios) é a busca da comunhão com a identidade, com, consciente ou consciência de uma derradeira realidade, divindade, verdade espiritual, ou Deus através da experiência direta ou intuitiva.[1]
Do livro de Jakob Böhme "O Príncipe dos Filósofos Divinos"[2], o misticismo se define por: o misticismo, em seu mais simples e essencial significado, é um tipo de religião que enfatiza a atenção imediata da relação direta e íntima com Deus,ou com a espiritualidade, com a consciência da Divina Presença. É a religião em seu mais apurado e intenso estágio de vida. O iniciado que alcançou o "segredo" foi chamado um místico. Os antigos cristãos empregavam a palavra "contemplação" para designar a experiência mística.
"O místico é aquele que aspira a uma união pessoal ou a unidade com o Absoluto, que ele pode chamar de Deus, Cósmico, Mente Universal, Ser Supremo, etc. (Lewis, Ralph M)" *[3]
Índice
Visão geral
A palavra "místico" era empregada pela primeira vez no Mundo Ocidental, nos escritos atribuídos a Dionysius, o Aeropagite, que apareceu no final do século V. Dionysius empregou a palavra para expressar um tipo de "Teologia", mais do que uma experiência. Para ele e para muitos intérpretes, desde então, o misticismo se baseava em uma teoria ou sistema religioso que concebe Deus como absolutamente transcendente, além da Razão, do pensamento, do intelecto e de todos os processos mentais.
A palavra, desde então, tem sido usada para os tipos de "conhecimento" esotérico e teosófico, não suscetiveis de verificação. A essência do misiticismo é a experiência da comunicação direta com Deus.
A palavra misticismo tem origem no idioma Grêgo μυστικός = "iniciado" (nos "Mistérios de Eleusinian", μυστήρια = "mistérios", referindo-se as "Iniciações"[4]) é a busca para alcançar comunhão ou identidade consigo mesmo, lucidez ou consciência da realidade última, do divino, Verdade espiritual, ou Deus através da experiência direta, intuição, ou insight; e a crença que tal experiência é uma fonte importante de conhecimento, entendimento e sabedoria. As tradições podem incluir a crença na existência literal de realidades empíricas, além da percepção, ou a crença que uma verdadeira percepção humana do mundo trancenda o raciocínio lógico ou a compreensão intelectual.
O termo "misticismo" é freqüentemente usado para se referir a crenças que são externas a uma religião ou corrente principal, mas relacionado ou baseado numa doutrina religiosa da corrente principal. Por exemplo, Kabala é a seita mística dominante do judaísmo, Sufismo é a seita mística do Islã, e Gnosticismo refere geralmente a várias seitas místicas que surgiram como alternativas ao cristianismo. Enquanto religiões do Oriente tendem a achar o conceito de misticismo redundante, e o conhecimento tradicional e ritual são considerados como Esotericos, por exemplo, Vajrayana e Budismo.
Definição
Uma definição de misticismo não poderia ser ao mesmo tempo significativa e de abrangência suficiente para incluir todos os tipos de experiências que têm sido descritas como "místicas".
Por definição natural, misticismo é a prática, estudo e aplicação das leis que unem o homem à Natureza e a Deus.
Desta forma, a Mística se distingue da Religião por referir-se à experiência direta e pessoal, com a divindade, com o transcendente, sem a necessidade de intermediários, dogmas ou de uma Teologia.
Na teologia
Conjunto de práticas religiosas que levam à contemplação dos atributos divinos. Estado natural ou disposição para as coisas místicas, religiosas; religiosidade.
[editar] Citações no livro: O Mundo de Sophia
Citando o livro "O Mundo de Sophia", quando fala sobre Misticismo:
Uma experiência mística significa experimentar a sensação de fundir sua alma com Deus. É que o "eu" que conhecemos não é nosso "eu" verdadeiro e os místicos procuravam conhecer um "eu" maior que pode possuir várias denominações: Deus, espírito cósmico, universo, etc. No entanto, para chegar a esse estado de plenitude, é preciso passar por um caminho de purificação e iluminação através de uma vida simples. Encontra-se tendências místicas nas maiorias religiões do mundo. Na mística ocidental ( judaísmo, cristianismo e islamismo ), o místico diz que seu encontro é com um Deus pessoal. Na oriental ( hinduísmo, budismo e religião chinesa ) o que se afirma é que há uma fusão total com deus, que é o espírito cósmico. É importante notar que essas correntes místicas já existiam muito antes de Platão e que pessoas de nossa época têm relatado experiências místicas como uma forma de experimentar o mundo sob a perspectiva da eternidade. (O Mundo de Sophia).
As correntes místicas pregam a experiência direta do divino, comumente chamada de experiência mística, e muitas vezes descrita como iluminação. A experiência mística é um estado de consciência em que o místico tem um vislumbre daquilo que está além deste plano físico, e muitas vezes é descrito como união com o Todo. Isto só pode ser alcançado, segundo os místicos, por uma disciplina espiritual que visa distanciar-se das coisas mundanas.
Muitas vezes a experiência mística é descrita por aqueles que a sentem como uma "visão ou percepção direta de Deus". Tais fenômenos estão presentes tanto no Velho Testamento quanto no Novo Testamento da Bíblia e na cultura oriental (budismo, hinduísmo, yoga, etc.).
O místico procura na prática espiritual e no estudo das coisas divinas, mais que na racionalidade, as bases para suas concepções de vida, embora muitas vezes o misticismo esteja envolvido com intrincados sistemas que o fundamentam. Este é o caso da Cabala, a tradição esotérica dos judeus.
A experiência mística é o modo como o místico entra em contato com o Divino.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
domingo, 8 de maio de 2011
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Fenris
Fenris
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Fenris, Fenrir, ou ainda Fenrisulfr, é um lobo monstruoso da mitologia nórdica. Filho de Loki com a giganta Angrboda, tem como irmãos Jormungand (a serpente de Midgard) e Hel (a Morte).
Acorrentado pelos deuses até o advento do Ragnarok (O Destino Final dos Deuses), Fenrir se solta e causa grande devastação, antes de devorar o próprio Odin (O Supremo deus Guerreiro), sendo morto, posteriormente, pelo filho do grande deus, Vidar, que enfiará uma faca em seu coração (ou rasgará seus peitos até o maxilar, de acordo com um diferente autor).
A fonte mais importante de informação sobre Fenrir aparece na seção de Gylfaginning no édico de Snorri Sturluson, embora haja outros, freqüentemente contraditórios. Por exemplo, em Lokasenna, Loki ameaça Thor com a destruição por Fenrir durante o Ragnarök, uma vez que Fenrir pode destruir Odin.
Fenrir tem dois filhos, Hati ("Odioso") e Skoll. Os dois filhos perseguem os cavalos Árvakr e Alsviðr, que conduzem a carruagem que contém o sol. Hati também persegue Mani, a lua. Deve-se notar que Skoll, em determinadas circunstâncias, é usado como um heiti (palavra que descreve uma espécie de kenning, frase poética que é utilizada substituíndo o nome usual de um personagem ou de uma coisa) referenciando, indiretamente, ao pai (Fenrir) e não ao filho (esta ambigüidade também existe no outro sentido. Por exemplo, no poema épico Vafthruthnismal, existe uma confusão na estrofe 46, onde a Fenrir são dados os atributos do perseguidor do sol, o que na verdade seria seu filho Skoll).
A partir da "A profecia dos Völva" ou "A profecia de Sybil",(Völuspá) e de sua luta com Vafthruthnir (também relatado no Vafthruthnismal ), Odin percebe que as crianças de Loki e de Angrboda trariam problemas aos deuses. Logo, o poderoso deus traz a sua presença o lobo Fenrir, junto com seu irmão Jormungand e sua irmã, Hela. Após lançar Jörmungandr nas profundezas do mar e enviar Hel para baixo, na terra dos mortos (Niflheim), Odin mandou que o lobo fosse levado pelos Æsir.
No entanto, somente o deus Týr era audaz o bastante para alimentar o monstro crescente. Os deuses temiam pela força crescente do lobo e pelas profecias de que o lobo seria sua destruição. Duas vezes, Fenrir concordou em ser acorrentado e, pelas duas vezes, ele estourou facilmente os elos que o prendiam. A primeira corrente, feita do ferro, foi chamada Loeðingr. A segunda, também de ferro, mas duas vezes mais forte, foi chamada Drómi. Finalmente, Odin pediu ajuda aos anões, e eles fizeram um grilhão chamado Gleipnir, era macio como a seda e foi feito com ingredientes muito especiais.
Os deuses então, levaram Fenris-lobo para uma ilha deserta e o desafiaram a quebrar Gleipnir. Percebendo a armadilha, o lobo concorda, mas com a condição de que um dos deuses pusesse a mão em sua boca, como sinal de "boa fé".
Assim, o bravo Tyr enfiou a mão direita entre as mandibulas do terrível monstro.
Eles amarraram o lobo com os grilhões macios, mas, dessa vez, quanto mais Fenris-lobo puxava, mais Gleipnir apertava-se em seu pescoço. Furioso, ele fechou vigorosamente suas enormes mandíbulas e decepou a mão do deus.
Tyr ainda teve a oportunidade de se vingar colocando uma espada na boca do lobo para que ele não fizesse tanto barulho.
Mesmo sabendo que chegaria um dia em que Fenrir se libertaria e traria morte e destruição a todos eles, os deuses não o mataram. "O que tem de ser, será", disseram.
Passagens
Poetic Edda
Fenrir é mencionado em três estrofes do poema Völuspá, e em duas estrofes do poema Vafþrúðnismál. Na estrofe 40 do poema Völuspá, uma völva divulga para Odin que, no leste, uma velha mulher sentou na floresta Járnviðr, e pariu lá a ninhada de Fenris. "Virá um, em meio de todos eles, um apanhador da lua em pele de troll."[1] Mais à frente no poema, a völva prediz que Odin seria consumido por Fenris no Ragnarok:Na strofe que segue, a völva descreve que "uma criança alta da Prógenie Triunfante" de Odin (o filho de Odin, Vidar) virá então para "lutar com a besta da carnificina," e que com suas mãos, ele enfincará uma espada no filho de "Hveðrungr," vingando a morte de seu pai.[2]
- Então é completo
- o pesar de Hlín,
- quando Óðinn vai
- à lutar com o lobo,
- e o matador de Beli,
- resplandecer contra Surtr.
- Então deverá,
- o amigo de Frigg cair.
Nas primeiras duas estrofes mencionando Fenrir em Vafþrúðnismál, Odin pôsa uma questão à sábia jötunn Vafþrúðnir:
Na estrofe que se segue, Vafþrúðnir responde que Sól (aqui referido como Álfröðull, referindo-se ao Sol),carregará uma filha antes que Fenrir a ataque, e que essa filha continuará os caminhos de sua falecida mãe pelos céus.[3]
- "Muito eu tenho viajado, muito eu tenho tentado,
- muito eu tenho testado os Poderes;
- de onde um sol tem entrado no céu amaciado
- quando Fenris assaltará este aqui?"
Prose Edda
Na Prose Edda, Fenrir é mencionado em três livros: Gylfaginning, Skáldskaparmál and Háttatal.Gylfaginning capítulos 13 e 25
No capítulo 13 do livro da Prose Edda, Gylfaginning, Fenrir é primeiro mencionado na estrofe indicada de Völuspá.[4] Fenrir é primeiramente mencionado na prosa no capítulo 25, onde a figura entronada de High conta a Gangleri (descrito como o rei Gylfi disfarçado) sobre o deus Týr. High diz que um exemplo da bravura de Týr's é que quando o Æsir estrava atraindo Fenrir (referido aqui como Fenrisúlfr) para colocar os grilhões Gleipnir no lobo. Fenrir não confiou que eles iriam deixá-lo ir até que o Æsir colocasse sua mão em sua boca como garantia. Como resultado, quando o Æsir recusou em libertá-lo, ele arrancou fora a mão de Tyr num lugar agora chamado "wolf-joint" ou "Articulação do Lobo" (referindo-se ao encaixe da mordida), fazendo Týr ficar maneta, algo "não considerado como sendo um apaziguador de assuntos e coisas entre pessoas e povos."[5]Gylfaginning capítulo 34
No capítulo 34, High descreve Loki, e diz que o deus teve 3 filhos com uma fêmea jötunn chamada Angrboða, localizado na terra de Jötunheimr; Fenrisúlfr, a serpente Jörmungandr, e uma fêmea Hel. High continua, que assim que os deuses soubessem que essas três crianças estariam sendo trazidas para Jötunheimr, e que quando os deus "traçassem profecias que desses irmãos, grandes infortúnios e desgraças originariam-se para eles" eles esperaram grandes problemas vindo delas, parcialmente devido a natureza da mãe das crianças. Ainda pior, devido à natureza de seu pai.[6]High diz que Odin enviou os deuses para coletarem as crianças e trazê-las a ele. Assim que chegaram, Odin jogou Jörmungandr em "aquele mar profundo que cobre todas as terras", e então jogou Hel em Niflheim, e deu a ela a autoridade sobre os Nove Mundos. No entanto, o Æsir olhou para o lobo e pensou na profecia e ficou com medo do "lobo à sua porta", e só Týr teve coragem de se aproximar de Fenrir e dar-lhe comida. Os deuses notaram que Fenrir estava crescendo rapidamente todo dia, e desde quetodas as profecias predizeram que Fenrir estava destinado a causá-los dano, os deuses formaram um plano. Os deuses prepararam três grilhões: O primeiro, altamente forte, foi chamado de Leyding. Eles trouxeram Leyding a Fenrir e sugeriram que o lobo testasse sua força com ela. Fenrir julgou que ela não estava além de sua força, e então deixou que os deuses fizessem o que quisessem com ela. No primeiro chute de Fenris a corrente estraçalhou, e Fenrir se soltou de Leyding. Os deuses fizeram um segundo grilhão, duas vezes mais forte, e o chamaram de Dromi. Eles pediram a Fenrir que testasse o novo grilhão, e que se ele quebrasse essa nova forma de engenharia, Fenrir alcançaria grande fama pela sua força. Fenrir considerou que o grilhão era muito forte, porém que sua força também havia aumentado desde que ele quebrou Leyding, e ainda que ele haveria de tomar alguns riscos se fosse para ficar famoso. Fenrir permitiu que eles colocassem o grilhão.[7]
Quando os Æsir se afastaram e exclamaram que eles estavam prontos, Fenrir se chacoalhou e quebrou o grilhão jogando-o no chão, se esforçando, e chutando-o com os pés – quebrando-a em pedaços que voaram a distância. High diz que, como resultado de "libertar-se de Leyding" ou "estraçalhar Dromi" vem os ditos de quando alguma façanha é adquirida devido a tamanho esforço. Os Æsir começaram a temer que eles não conseguiriam acorrentar Fenris, e então Odin enviou o mensageiro de Freyr, Skírnir à terra de Svartálfaheimr para "alguns anões" e os fizeram fazer um grilhão chamado Gleipnir. Os anões construíram Gleipnir de seis míticos ingredientes. Depois de uma troca entre Gangleri e High, High continua dizendo que o grilhão era liso e macio, como uma fita de seda, ainda assim, forte e firme. Os mensageiros então trouxeram o grilhão aos Æsir, e eles agradeceram-no cordialmente por completar a tarefa.[8]
Os Æsir foram então para o lago Amsvartnir (Nórdico Antigo "Preto breu"[9]), pediu a Fenrir para acompanhá-los, e continuaram para a ilha Lyngvi (Nórdico Antigo "um lugar coberto por urze"[10]). os deuses então mostraram a Fenrir o grilhão sedoso Gleipnir, e disseram a ele para rasgá-lo, dizendo que era muito mais forte do que aparentava, passaram entre si, usaram suas mãos para puxá-lo, e mesmo assim ele não se rasgou. No entanto, eles disseram que Fenris seria capaz de despedaçá-lo, ao qual Fenrir replicou:
"Aparenta para mim, que com essa faixa contudo, eu não ganharei nenhuma fama se despedaçar tão delgada atadura, mas se é feita com arte e astúcia, aí mesmo que aparente fina, essa faixa não irá em minhas pernas."[8]Os Æsir disseram que Fenrir iria rapidamente rasgar a fina tira de seda, notando que o grande lobo antes, teria quebrado grandes pulseiras de ferro, e adicionaram que se Fenris não fosse hábil de quebrar a fina Gleipnir então Fenrir não era nada para os deuses temerem, e como resultado disso, seria libertado. Fenrir respondeu:
"Se vocês me prenderem de forma que eu não consiga me soltar, então voês estariam em uma situação em que eu haveria de esperar um longo tempo antes de conseguir alguma ajuda de vocês. Eu estou relutante de ter essa faixa em mim. Mas antes de questionarem minha coragem, deixe alguém por sua mão em minha boca como uma forma de garantia de que isso é feito de boa fé."[11]Com esse atestado, todos os Æsir olharam um para o outro, vendo a si mesmos em um dilema. Todos recusaram pôr as suas mãos na boca de Fenrir, até Týr aparecer colocando sua mão direita entre as mandíbulas do lobo. Quando Fenrir puxou, Gleipnir agarrou-lhe firme, e quanto mais Fenrir se debatia, mais forte a atadura se tornava. Vendo isso, todos riram, exceto Týr, que ali perdeu sua mão direita. Quando os deuses souberam que Fenris estava completamente preso, eles pegaram uma coleira chamada Gelgja (do Nórdico Antigo "grilhão"[12]) pendendo de Gleipnir, inseriram a fina corda por entre uma grande rocha chata chamada Gjöll (Nórdico Antigo "Grito"[13]), e os deuses asseguraram a rocha chata fundo no chão. Depois, os deuses pegaram outra grande rocha chamada Thviti (Nórdico Antigo para "batedor"[14]), e confiaram-na ainda mais fundo no chão como uma âncora cavilhada. Fenrir reagiu violentamente; ele abriu suas mandíbulas até o máximo, e tentou mutilar os deuses com suas mandíbulas. Os deuses firmaram "uma certa espada" na boca de Fenris, a bainha da espada em suas gengivas inferiores e a ponta em suas superiores. Fenrir uivou horrivelmente" e saliva correu de sua boca, e essa saliva formou o rio Ván (Nórdico Antigo "esperança"[15]). Ali Fenrir ficará até o Ragnarök. Gangleri comenta que Loki criou uma "família muito terrível" contudo importante, e pergunta por que os Æsir simplesmente não mataram Fenrir lá mesmo já que esperavam grande mal a si vindo dele. High replica que "tão fortemente os deuses respeitavam os seus holy places e lugares de santuário que eles não queriam definhá-los com o sangue do lobo, mesmo as profecias dizendo que ele seria a morte de Odin."[16]
Gylfaginning capítulos 38 e 51
No capítulo 38, High diz que há Einherjar em Valhalla, e muitos mais que iriam chegar, e ainda assim, que eles "seriam muito poucos quando o lobo viesse."[17] No capítulo 51, High prediz que como parte dos eventos do Ragnarök, depois do filho de Fenris Sköll ter engolido Sól (Sol) e seu outro filho Hati Hróðvitnisson ter engolido Mani (Lua), as estrelas desaparecerão dos céus, a terra chacoalhará violentamente, árvores serão arrancadas, montanhas desmoronarão, e todas as correntes despedaçarão – Fenrisúlfr então será liberto. Fenrisúlfr disparará àfrente com sua boca completamente aberta, sua mandíbula superior tocando os céus e sua mandíbula inferior a terra, e chamas ascenderão e queimaram de seus olhos e narinas.[18] Depois, Fenrisúlfr chegará ao campo de batalha Vígríðr com seu irmão, a serpente de Midgard Jörmungandr. Com suas forças combinadas, uma imensa batalha tomará vez. Durante isso, Odin cavalgará para enfrentar Fenrisúlfr. Durante a batalha, Fenrisúlfr irá por fim, engolir Odin, matando-o, e seu filho Víðarr avançará e colocará um pé na mandíbula inferior do lobo. Essa pegada carregará uma marca lendária "pois o material teria sido coletado durante todos os tempos." Com uma mão, Víðarr segurará a mandíbula superior do lobo e rasgará a sua boca com a outra, matando Fenrisúlfr.[19] High continua a descrição dessa prosa citando várias notas de Völuspá. Em adição, algumas das quais citam Fenris.[20]Skáldskaparmál e Háttatal
Na seção Epílogo do livro Prose Edda Skáldskaparmál, um eufêmero monólogo equipara Fenrisúlfr a Pyrrhus, numa tentativa de racionalizar "ele matou Odin, e Pyrrhus poderia-se dizer ser um lobo de acordo com a crença deles, pois ele não prestava nenhum respeito por lugares de santuário quando ele matou o rei no templo na frente do altar de Thor."[21] No capítulo 2, "Inimigo do Lobo" é citado como uma kenning por Odin assim como é usado no século 10 pelo skald Egill Skallagrímsson.[22] No capítulo 9, "Alimentador do Lobo" é dado como um kenning para Týr e, no capítulo 11, "Matador de Fenrisúlfr" é apresentado como um kenning para Víðarr.[23] No capítulo 50, uma seção de Ragnarsdrápa pelo skald do século IX Bragi Boddason, há uma citação que se refere Hel, como "A Irmã do Monstruoso Lobo."[24] No capítulo 75, os nomes wargs e lobos são listados, incluindo ambos "Hróðvitnir" e "Fenrir."[25] "Fenrir" aparece duas vezes em versos como um pronome comum para um "lobo" ou "warg", no capítulo 58 de Skáldskaparmál, e no capítulo 56 do livro Háttatal.[26] Adicionalmente, o nome "Fenrir" pode ser visto entre uma lista de jötnar no capítulo 55 de Skáldskaparmál.[27]Heimskringla
No fim da Heimskringla saga Hákonar saga góða, o poema Hákonarmál pelo skald do século 10 Eyvindr skáldaspillir é apresentado. O poema fala sobre a queda do Rei Haakon I da Noruega; que apesar de ser cristão, é levado por duas valquírias ao Valhalla, e lá é recebido como um dos Einherjar. No fim do poema, uma estrofe relata que antes iriam as correntes de Fenrir se quebrarem do que um tão bom rei como Haakon sentar em seu trono:
- Desprendido será Fenris Lobo
- e destruirá o reino dos homens,
- antes que venha um principe real
- tão bom quanto, para ficar em seu lugar.[28]
Furry
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A expressão Furry (peludo em inglês) é comumente usada para se referir a diferentes conceitos, geralmente relacionados a animais antropomórficos. Existe muita discussão sobre o "verdadeiro" significado, porém, olhando a situação como um todo, se torna claro que existe mais de um significado "correto".Resumo
As pessoas auto-intituladas furries com freqüência são pessoas que participam de uma cultura focada na natureza e amantes de personagens imaginários dos autores de desenhos animados onde seres das mais variadas raças, mitológicas ou não tomam vida e agem em uma sociedade paralela à humana, porém nem todos os Furries batem 100% com essa descrição. Existem vários tipos de Furries, tal como aqueles que cultuam valores que remetem ao druidismo e reverência ao espírito da natureza, cartoon Furries que são amantes de desenhos animados, até aos antropomorfos e theriantropos cuja sociedade é semelhante à sociedade humana nos vários períodos da história, lembrando muitas vezes, a era vitoriana: só com a diferença de que os avatares ou Fursonas são humanos com características animais, tais como patas, caudas, cabeça (semelhante aos seres mitológicos de todas as sociedades como o Anúbis na cultura egípcia, Minotauro da Grécia antiga, as Kitsunes na cultura japonesa, a Sereia, Capelobo ou Ipupiara). A sociedade Furry também participa e organiza convenções, em vezes, com a participação de editoras de desenhos em quadrinhos. A cultura Furry está presente também em jogos de video game e computador como o Inherit The Earth, Star Fox, Final Fantasy, entre outros. Personagens assim existem desde que a humanidade imaginou deuses que são humanos e criaturas da natureza ao mesmo tempo, hoje sendo usados principalmente em tiras cômicas nos jornais e desenhos animados. Um dos fatores que facilitaram a expansão desta comunidade foram programas de conversa eletrônica como Chats, Mucks e grupos de discussão na Usenet tal como o Alt.Fan.Furry e o FurryMUCK. Normalmente a comunidade não é muito bem aceite pelos de fora.História
Norte Americana
Acredita-se que a fandom originou em uma convenção de ficção científica em 1980 quando um desenho de Steve Gallacci Albedo Anthropomorphics iniciou uma discussão sobre revistas em quadrinhos presentes em convenções de ficção científica.Porém muitos outros fans consideram o início do fandom a mesma época em que iniciaram a ser publicadas revistas com personagens animais, livros e desenhos animados, tais como A Longa Jornada de Richard Adams, inicialmente publicada em 1972 (e sua adaptação em desenho animado em 1978) assim como Robin Hood, da Disney lançado em 1973.
Na época de 1980 a quantidade de revistas publicadas por autores comuns começaram a se multiplicar, então chamados fanzines, seus autores começavam a reunir-se em encontros sociais até que, em 1987, existia uma quantidade razoável de fans dispostos a criar o primeiro encontro oficial.
Com o advento da Internet, a quantidade de fans aumentou, e surgem assim os servidores de chats, ambientes virtuais como os MUD e MUCKS e rápidamente transformaram-se em lugares populares de encontro. O mais conhecido até hoje, inclusive o maior é o FurryMUCK, surgem também comunidades no jogo conhecido como Furcadia e atualmente também no SecondLife.
No Brasil
Não se sabe ao certo quando o Fandom iniciou no Brasil, com a introdução da Internet e principalmente dos mecanismos de buscas, os fãs que conheciam o Furry internacional começaram a identificar pessoas com a mesma afinidade no Brasil. A quantidade de membros do Fandom nacional é muito pequeno comparado com o público norte americano e pelo Brasil ser um território muito grande, seus membros reúnem-se principalmente através de Fóruns e mecanismos de conversa instantânea.O primeiro Fórum foi criado no ano de 2000 e chamado de FurryBrasil e existe até hoje.
O primeiro Fanzine Furry nacional foi o Fauna Urbana, hoje mantido como um portal com informações sobre o fandom no Brasil.
Em 2008 foi criado o primeiro evento furry no Brasil, conhecido como Abando, onde seus participantes acampam por 4 dias. O evento ocorre nos 4 dias de carnaval, anualmente.
Em Portugal
Albano de Jesus Beirão, português, foi o célebre Homem-Macaco. Nasceu em 1884 e, morreu em 1976. Entre 1891 e 1932 (dos 7 aos 48 anos) sofria de estranhos ataques que, o desfiguravam e, o faziam claramente lembrar animais irracionais. Embora nessa altura ainda não se conhecessem os Furries, Albano pode ser um pouco associado a este tipo de estados.
Na mídia
Desde 2008 a mídia Brasileira expressou interesse na comunidade Furry nacional, e por causa disso, temos algumas publicações oficiais com conteúdo de interesse furry.São estes:
Janeiro de 2008 - NeoTokyo - Com a onda Animê e seus Otakus, a revista resolveu comentar um pouco sobre os furries, já que personagens semelhantes ao freqüentemente encontrados nos arredores de encontros de animes. NeoTokyo
28 de agosto de 2009 - Revista Colors - Com foco especial em tribos jovens, a equipe de reportagem da Revista Colors fotografa e entrevista Ceruno e Kouta Colors Magazine
03 de janeiro de 2010 - Globo Fantástico - Após a publicação na revista Colors, a Rede Globo de Televisão se interessa em expor mais sobre a cultura furry (focado em Fursuits) e o que fazem essas pessoas. Globo Fantástico
24 de Abril de 2010 - Caldeirão do Huck - Com muito humor a equipe de produção do Caldeirão do Huck resolve vestir os atores com fursuits para criar um ambiente mais lúdico em seu bloco "Lata Velha" Caldeirão do Huck
9 de maio de 2010 - Diário de Guarulhos - Com interesse em falar sobre os furries na região da Capital de São Paulo, a equipe de jornalismo do Jornal Diário de Guarulhos procura a Fauna Urbana para aprender mais e publicar em seu caderno de Sábado. Diário de Guarulhos
Apesar de apresentar personagens furries, a mídia expressa interesse maior nos Fursuiters, condição onde os furries (pessoas comuns) vestem roupas que representam seu personagem (fursona). Porém vale lembrar que fursuiters compreendem a menor parte da cultura furry, pois assim como os artistas gráficos que necessitam conhecer desenho e arte, montar um fursuit requer muito conhecimento nas áreas de artes plásticas, cênicas e principalmente força de vontade, pois o custo de material também é elevado e o acesso aos materiais é restrito às grandes metrópoles.
Algumas definições populare
Ser zooanthropomorfico
Um ser com características de humanos e animais, tanto físicas(formas do corpo, habilidades de movimento, sentidos etc), quanto mentais (traços de personalidade, hábitos, instintos, preferencias etc).Pessoa com afinidade com artes zooantropomórficas
Muitas pessoas que se interessam por arte antropomórfica se auto intitulam "Furries" (Isso abrange tanto as pessoas que se interessam por arte yiff [com conteúdo adulto] quanto as pessoas que preferem arte permitida à todas as idades). Esse é o tipo de Fandom mais abrangente atualmente, presente nos EUA, Canadá, grande parte da Europa e América do Sul. Ao contrário do que a maioria das críticas a esse tipo de cultura alega, o Furry Fandom não se baseia apenas no "yiff", apesar deste fazer parte do Fandom.
Pessoa que se identifica com um ser zooantropomórfico
Alguém que acredita ser na verdade um ser zooantromomórfico, seja numa base puramente espiritual ou acreditando ser fisicamente preso num corpo humano. O termo usado para se referir a esse "alter-ego" Furry é Fursona (porém nem todas as Fursonas são consideradas como uma realidade, alguns Furries apenas consideram suas Fursonas como um avatar nas suas interações). Algumas pessoas se referem a essas pessoas como Furries verdadeiros ou Furries na vida real. Essa categorização muitas vezes sobrepõe à Teriantropia, porém nem todos os Terians se consideram Furries. Isto tudo pode ser considerado um tipo de Licantropia.Furry é Doença ?
Ser furry é gostar de arte com seres antropomórficos, e o Furry Fandom é composto pelas pessoas que compartilham esse mesmo interesse, nos desenhos, musica, jogos e todos os aspectos que uma cultura pode expressar, portanto é absolutamente errado afirmar que ser furry é uma doença, pois estaria-mos assim afirmando por exemplo, que ser ator é uma doença, já que uma pessoa está representando um personagem que muitas vezes não condiz com suas características originais. Conforme foi citado acima, todos que são furries possuem uma fursona, que nada mais é do que um personagem que será representado nas mais diversas formas e situações dentro do universo furry. O Furry Fandom é uma comunidade de arte, saudável aos seus integrantes e receptiva a novos membros, permitindo um excelente intercâmbio cultural e exercendo seu principal objetivo, diversão.
Referências
- WikiFur, Site oficial de referências furries (WikiFur:Furry)
- Wikipedia em inglês (http://en.wikipedia.org/wiki/Furry_fandom
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